Pesquisadores britânicos se unem a cientistas e agências de fomento de Argentina, Brasil, Chile e Peru em iniciativa que visa gerar insumos para o crescimento econômico sustentável da região (foto: divulgação)

Projetos colaborativos buscam compreender papel da biodiversidade na América Latina
20 de maio de 2019

Pesquisadores britânicos se unem a cientistas e agências de fomento de Argentina, Brasil, Chile e Peru em iniciativa que visa gerar insumos para o crescimento econômico sustentável da região

Projetos colaborativos buscam compreender papel da biodiversidade na América Latina

Pesquisadores britânicos se unem a cientistas e agências de fomento de Argentina, Brasil, Chile e Peru em iniciativa que visa gerar insumos para o crescimento econômico sustentável da região

20 de maio de 2019

Pesquisadores britânicos se unem a cientistas e agências de fomento de Argentina, Brasil, Chile e Peru em iniciativa que visa gerar insumos para o crescimento econômico sustentável da região (foto: divulgação)

 

Agência FAPESP – Pesquisadores financiados pelo Conselho de Pesquisa em Meio Ambiente Natural (NERC, na sigla em inglês), do Reino Unido, deram início a uma série de projetos colaborativos com parceiros na Argentina, Brasil, Chile e Peru para melhor compreender o papel social e econômico da biodiversidade na América Latina e como geri-la de forma mais sustentável.

Os quatro projetos analisarão a gestão da pesca, da polinização, das florestas e de espécies invasoras de forma regional e também por toda a América Latina, uma das regiões de maior biodiversidade do mundo. Os estudos ajudarão a entender como a biodiversidade possibilita aos ecossistemas fornecer serviços vitais às populações, como água potável, alimentos e recursos naturais. Esse entendimento pode gerar insumos para o crescimento econômico sustentável da região.

Os projetos são financiados a partir do Programa de Biodiversidade na América Latina, como parte do Fundo Newton. A primeira fase, liderada pelo British Council, estabeleceu relações entre os países participantes e identificou áreas comuns de interesse. A fase atual é liderada pelo NERC e convidou pesquisadores a submeter propostas de pesquisa envolvendo pesquisadores do Reino Unido e parceiros de pelo menos dois dos outros países participantes.

O NERC está administrando o programa em parceria com outros quatro financiadores: o Conselho Nacional de Pesquisa Cientifica e Técnica (Conicet), da Argentina, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), do Brasil, a Comissão Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (Conicyt), do Chile, e o Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Tecnológica (Concytec), do Peru.

Cerca de £ 4,5 milhões estão sendo investidas pelo conselho britânico no programa e os financiadores latino-americanos estão apoiando o trabalho dos pesquisadores participantes de seus respectivos países, com uma contribuição total equivalente a mais de £ 650 mil no total. Os quatro projetos receberam financiamento após uma avaliação conjunta das agências financiadoras.

“Na FAPESP, estamos felizes em ver as propostas colaborativas selecionadas nessa chamada. A biodiversidade é um tema extremamente relevante para o Brasil, e o programa BIOTA-FAPESP será enriquecido por esses novos projetos de pesquisa”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação.  

“Com base na necessidade de mudarmos para uma economia resiliente de recursos naturais, muitas agências de financiamento decidiram dar um passo além da tradicional cooperação bilateral para aderir a essa iniciativa multilateral com o objetivo de promover projetos de pesquisa interdisciplinares e transnacionais. Este é o primeiro projeto desse tipo do qual o Conicet participa e temos o prazer de apoiar três dos quatro projetos aprovados em que grupos de pesquisa argentinos estão envolvidos”, disse Jorge Tezón, diretor para Desenvolvimento Científico da agência de fomento argentina.

Fabiola León Velarde, presidente do Concytec do Peru, ressaltou que seu país apresenta uma “extraordinária” variabilidade de ecossistemas, espécies e genes, o que sempre foi uma grande oportunidade para impulsionar seu desenvolvimento econômico e social. “Nesse sentido, caminhar em direção a uma economia de recursos naturais resiliente não é apenas um grande desafio para o nosso país, mas para a região. Por essa razão, aderimos ao Programa de Biodiversidade na América Latina do Fundo Newton.”

Três dos quatro projetos selecionados contam com a participação de cientistas brasileiros. Antônio Mauro Saraiva, da Universidade de São Paulo (USP), integra a equipe do projeto “Preservando os Serviços de Polinização em um Mundo em Transformação: teoria na prática”.

Luiz Eduardo Oliveira e Cruz de Aragão, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), participa do projeto “Uma compreensão baseada em características da Biodiversidade e Resiliência florestal da América Latina”.

Alessandra Tomaselli Fidelis, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), participa da pesquisa “Otimizando a gestão a longo prazo de espécies invasoras que afetam a biodiversidade e a economia rural a partir da gestão adaptativa”.

 

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