Grupo de astrofísicos de diversos países registra pela primeira vez a onda de radiação emitida por estrela massiva pouco antes de se transformar em supernova, fenômeno capaz até mesmo de influir no crescimento de galáxias (imagem: divulgação)
E que explosão. Grupo de astrofísicos de diversos países registra pela primeira vez a onda de radiação emitida por estrela massiva pouco antes de se transformar em supernova, fenômeno capaz até mesmo de influir no crescimento de galáxias
E que explosão. Grupo de astrofísicos de diversos países registra pela primeira vez a onda de radiação emitida por estrela massiva pouco antes de se transformar em supernova, fenômeno capaz até mesmo de influir no crescimento de galáxias
Grupo de astrofísicos de diversos países registra pela primeira vez a onda de radiação emitida por estrela massiva pouco antes de se transformar em supernova, fenômeno capaz até mesmo de influir no crescimento de galáxias (imagem: divulgação)
O registro foi conseguido momentos antes de a onda de choque provocada pelo colapso do núcleo da estrela atingir a superfície e ejetar violentamente o envelope estelar (que cobre a estrela). Essa fase única da formação de uma supernova, conhecida como erupção de choque, foi capturada por meio do telescópio espacial em ultravioleta Galex.
O estudo, coordenado por Kevin Schawinski, do Departamento de Física da Universidade de Oxford, no Reino Unido, foi publicado nesta quarta-feira (12/6) na edição on-line da revista Science. Participaram também cientistas da Alemanha, Canadá, França e Coréia do Sul.
Estrelas massivas enfrentam mortes violentas com o fim do estoque de combustível nuclear em seus núcleos, o que resulta em um colapso catastrófico que forma uma supernova.
"As mortes explosivas de estrelas massivas são eventos dramáticos que semeiam o Universo com elementos pesados e produzem buracos negros, pulsares e as mais energéticas explosões de raios gama. A energia resultante desse processo pode regular o crescimento de galáxias", destacaram os autores.
O novo estudo, da supernova SNLS-04D2dc, revela uma onda de radiação ultravioleta que se manifestou antes da onda de choque, aquecendo a superfície da estrela à medida que essa começou a expandir. Os dados da radiação indicam que a estrela que formou a supernova era uma supergigante vermelha.
A observação inédita pode ajudar a ciência a entender melhor a estrutura interna e a física de estrelas massivas que entram em colapso, uma vez que os dados existentes de tal fenômeno se referem a episódios ocorridos dias após as explosões estelares.
"As observações fornecem uma nova maneira de investigar a física de supernovas geradas a partir do colapso de núcleos e das estruturas internas de suas estrelas progenitoras", afirmaram os autores do estudo.
O artigo Supernova shock breakout from a red supergiant, de Kevin Schawinski e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencexpress.org.
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