A obtenção da amostra é muito mais fácil e menos invasiva. E, dependendo da idade, pode ser feita até mesmo por autocoleta. Pesquisadores defendem testagem em larga escala para monitorar a circulação do vírus quando as escolas reabrirem (foto: Pedro Wroclaw/Pixabay )

Análise da saliva é eficaz para detectar a COVID-19 em crianças sintomáticas
13 de abril de 2021
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A obtenção da amostra é muito mais fácil e menos invasiva. E, dependendo da idade, pode ser feita até mesmo por autocoleta. Pesquisadores defendem testagem em larga escala para monitorar a circulação do vírus quando as escolas reabrirem

Análise da saliva é eficaz para detectar a COVID-19 em crianças sintomáticas

A obtenção da amostra é muito mais fácil e menos invasiva. E, dependendo da idade, pode ser feita até mesmo por autocoleta. Pesquisadores defendem testagem em larga escala para monitorar a circulação do vírus quando as escolas reabrirem

13 de abril de 2021
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A obtenção da amostra é muito mais fácil e menos invasiva. E, dependendo da idade, pode ser feita até mesmo por autocoleta. Pesquisadores defendem testagem em larga escala para monitorar a circulação do vírus quando as escolas reabrirem (foto: Pedro Wroclaw/Pixabay )

 

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – A testagem molecular da saliva, como método eficiente para diagnóstico da COVID-19 em crianças sintomáticas, foi validada por pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP), em colaboração com o Serviço Especial de Saúde de Araraquara (SP).

O estudo foi coordenado por Paulo Henrique Braz-Silva, professor da Faculdade de Odontologia (FO-USP), e Camila Malta Romano, pesquisadora do Laboratório de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM-USP) – ambos também vinculados ao IMT-USP –, e contou com apoio da FAPESP.

Artigo a respeito encontra-se disponível na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares.

“Obtivemos a mesma performance diagnóstica, com sensibilidade de aproximadamente 90%, para amostras de saliva e esfregaço [swab] de nasofaringe”, diz Braz-Silva à Agência FAPESP.

No estudo, foram investigadas 50 crianças que procuraram atendimento em Unidade Básica de Saúde (UBS) com sintomas leves relacionados à COVID-19. Os pesquisadores coletaram amostras e secreção nasofaríngea e de saliva e submeteram ambas ao teste de RT-PCR, considerado padrão-ouro para o diagnóstico da doença. “Dez crianças apresentaram resultados positivos para o SARS-CoV-2. E o diagnóstico por amostras de saliva mostrou-se tão eficaz quanto o diagnóstico por esfregaço de nasofaringe”, informa Braz-Silva.

O resultado valida uma forma de testagem em larga escala muito mais simples e menos invasiva – especialmente desejável no contexto pediátrico.

“O uso da saliva para diagnóstico da COVID-19 em crianças abre uma perspectiva de entendimento de como a circulação do SARS-CoV-2 se dá nessa faixa da população, ainda mais com a reabertura de escolas. A obtenção da amostra é tão simples que, dependendo da idade, pode inclusive ser adotada a autocoleta”, comenta o pesquisador.

Testagem em massa

A testagem molecular em larga escala tem sido uma das estratégias mais bem-sucedidas no controle da pandemia, pois permite a identificação precoce de casos positivos e o rastreio da rede de contatos. Em adultos, a análise da saliva já havia apresentado uma sensibilidade variando de 80% a 100%. Mas ainda não havia um estudo que corroborasse tal procedimento em pediatria – o que foi proporcionado agora pela equipe do IMT-USP.

O artigo Saliva as a reliable sample for COVID-19 diagnosis in paediatric patients pode ser lido em www.medrxiv.org/content/10.1101/2021.03.29.21254566v1.full-text.
 

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