Premiação concedida ao professor Gustavo Goldman por uma das maiores sociedades científicas do mundo visa reconhecer pesquisas desenvolvidas com apoio da FAPESP na área de genética de fungos (foto: acervo pessoal)

Pesquisador da USP de Ribeirão Preto recebe prêmio da American Society of Microbiology
18 de setembro de 2020

Premiação concedida ao professor Gustavo Goldman por uma das maiores sociedades científicas do mundo visa reconhecer pesquisas desenvolvidas com apoio da FAPESP na área de genética de fungos

Pesquisador da USP de Ribeirão Preto recebe prêmio da American Society of Microbiology

Premiação concedida ao professor Gustavo Goldman por uma das maiores sociedades científicas do mundo visa reconhecer pesquisas desenvolvidas com apoio da FAPESP na área de genética de fungos

18 de setembro de 2020

Premiação concedida ao professor Gustavo Goldman por uma das maiores sociedades científicas do mundo visa reconhecer pesquisas desenvolvidas com apoio da FAPESP na área de genética de fungos (foto: acervo pessoal)

 

André Julião | Agência FAPESP – O professor Gustavo Henrique Goldman, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP), foi contemplado com o “2021 ASM Moselio Schaechter Award in Recognition of a Developing-Country Microbiologist”, prêmio da American Society of Microbiology (ASM), um dos mais importantes do mundo na área.

Goldman foi o primeiro pesquisador brasileiro a receber o prêmio. Segundo comunicado da ASM, a categoria, em homenagem a Moselio Schaechter, ex-presidente da sociedade, “reconhece um cientista que demonstrou liderança exemplar e comprometimento na promoção substancial da profissão de microbiologia em pesquisa, educação ou tecnologia no mundo em desenvolvimento”.

O prêmio tem como objetivo “reconhecer microbiologistas por contribuições excepcionais às ciências microbianas e promover expertise em microbiologia a serviço da ciência e do público”, diz o comunicado.

Goldman foi coordenador da área de Saúde IV da FAPESP, entre 2009 e 2017. Atualmente, coordena um projeto, financiado pela Fundação, que tem como objetivo compreender as redes metabólicas controladas pelas chamadas MAP quinases nos fungos da espécie Aspergillus fumigatus. O projeto estuda as vias de sinalização e respostas celulares importantes para a tolerância ao estresse, virulência e patogenicidade do fungo em mamíferos, inclusive humanos.

Recentemente, seu grupo descobriu que muitas infecções pulmonares tidas como causadas pelo A. fumigatus tinham como causa uma espécie híbrida. Os resultados têm consequências diretas no diagnóstico e no tratamento da doença causada pelos fungos do gênero, a aspergilose (leia mais em: agencia.fapesp.br/33426/).

Dentro do mesmo projeto, o pesquisador liderou ainda um trabalho que descreve uma proteína que sinaliza, na espécie A. nidulans, quando o ambiente é favorável ou não à reprodução. A compreensão do mecanismo contribui para o desenvolvimento de novos antifúngicos (leia mais em: agencia.fapesp.br/32657/).

Goldman tem ainda projetos em colaboração com as universidades de Leuven, na Bélgica, Bath e Manchester, no Reino Unido. É também editor-chefe da revista Frontiers in Fungal Biology.

“Mais do que um prêmio para mim, é um reconhecimento da microbiologia brasileira, que tem profissionais de nível altíssimo, comparável aos dos maiores centros de pesquisa do mundo. É uma honra representar esses colegas”, diz Goldman.

A cerimônia oficial de entrega do prêmio será em Anaheim, na Califórnia, durante o “2021 ASM Microbe Meeting”, de 3 a 7 de junho de 2021.

Mais informações sobre o prêmio estão disponíveis no site da ASM.

  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.