Em parceria com farmacêuticas brasileiras, pesquisadores testam medicamentos já existentes para descobrir um possível tratamento para a doença (imagem: CDC)

Instituto de Ciências Biomédicas da USP testa fármacos para tratar o novo coronavírus
20 de abril de 2020

Em parceria com farmacêuticas brasileiras, pesquisadores testam medicamentos já existentes para descobrir um possível tratamento para a doença

Instituto de Ciências Biomédicas da USP testa fármacos para tratar o novo coronavírus

Em parceria com farmacêuticas brasileiras, pesquisadores testam medicamentos já existentes para descobrir um possível tratamento para a doença

20 de abril de 2020

Em parceria com farmacêuticas brasileiras, pesquisadores testam medicamentos já existentes para descobrir um possível tratamento para a doença (imagem: CDC)

 

Agência FAPESP * – O Laboratório Phenotypic Screening Platform, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), está testando medicamentos para combater a COVID-19.

O grupo possui uma parceria com a Eurofarma, que cedeu sua biblioteca de cerca de 1.500 fármacos para a pesquisa. Além disso, a equipe vem firmando novas parcerias com outras farmacêuticas para a triagem dos medicamentos já comercializados no Brasil e também para testar produtos para a prevenção da COVID-19 em desenvolvimento por startups brasileiras.

Segundo Lucio Freitas-Junior, coordenador do laboratório, em entrevista para a Assessoria de Comunicação do ICB, a técnica de triagem fenotípica consiste em avaliar a atividade antiviral de compostos em células infectadas com o SARS-CoV-2, em testes in vitro. As células são colocadas em placas de ensaio e cada uma recebe diferentes compostos.

As análises são feitas de modo automatizado, com a tecnologia High Content Screening, que permite analisar dezenas de milhares de fármacos simultaneamente toda semana. O pesquisador estima que em algumas semanas fiquem prontos os resultados dos testes de mais de 2.500 compostos e, a partir desse momento, será possível testar até 4 mil compostos por semana.

As moléculas estudadas são fármacos já aprovados para o tratamento de outras doenças e produzidos em território brasileiro. "A grande vantagem é agilizar o processo de descoberta de um tratamento. Um medicamento pode levar até 10 anos para ser produzido, testado e aprovado. Nós não temos esse tempo. Precisamos agir agora", explica o pesquisador.

O projeto foi possível graças ao cultivo do novo coronavírus feito pelo grupo do pesquisador Edison Luiz Durigon, também do ICB, que recebeu amostras dos primeiros pacientes infectados no final de fevereiro, enviadas pelo Hospital Albert Einstein (saiba mais em http://agencia.fapesp.br/32692/ e na página da Agência FAPESP no Youtube).

O grupo do ICB recebe compostos para triagem de diversos grupos de todo o Brasil e participa de consórcios internacionais que buscam novos fármacos para tratamento da COVID-19.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do ICB .
 

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