Grupo composto por seis alunos e dois professores do campus de São Carlos conquistou prêmio de US$ 17 mil após vencer três das quatro categorias em disputa internacional (foto: divulgação)

Equipe da USP é premiada em desafio que visa aumentar segurança de carros autônomos
06 de agosto de 2019

Grupo composto por seis alunos e dois professores do campus de São Carlos conquistou prêmio de US$ 17 mil após vencer três das quatro categorias em disputa internacional

Equipe da USP é premiada em desafio que visa aumentar segurança de carros autônomos

Grupo composto por seis alunos e dois professores do campus de São Carlos conquistou prêmio de US$ 17 mil após vencer três das quatro categorias em disputa internacional

06 de agosto de 2019

Grupo composto por seis alunos e dois professores do campus de São Carlos conquistou prêmio de US$ 17 mil após vencer três das quatro categorias em disputa internacional (foto: divulgação)

 

Agência FAPESP * – Um carro autônomo virtual criado por seis alunos de pós-graduação e dois professores da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos obteve o melhor desempenho em três das quatro categorias do Desafio de Direção Autônoma Car Learning to Act (CARLA), competição internacional patrocinada por empresas como Amazon, Waymo-Google, Volkswagen, Uber, Audi, Toyota, GM, Intel e Computer Vision Center, entre outras que estão desenvolvendo tecnologia para veículos autônomos.

O desafio reuniu 211 participantes em 69 equipes de instituições de ensino e empresas de vários países, como as universidades de Michigan e Washington, dos Estados Unidos, Nagoya e Chubu, do Japão, e Mines ParisTech, da França, e a fabricante de autopeças Valeo. O time da USP ainda conseguiu o segundo lugar na única categoria que não venceu, conquistando um prêmio total de US$ 17 mil.

A equipe foi coordenada pelos professores Denis Wolf e Fernando Osório, ambos do Laboratório de Robótica Móvel do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP.

Mais cinco pós-graduandos participaram do desenvolvimento dos sistemas do carro autônomo: Angelica Mizuno Nakamura, Iago Pachêco Gomes, Jean Amaro, Tiago Cesar dos Santos e Luis Alberto Rosero; e pelo doutorando Júnior Rodrigues da Silva.

Tal como um rally real de veículos com pilotos, a competição virtual criou uma simulação que fez os veículos criados pelos participantes percorrerem ruas e avenidas, encarando engarrafamento, chuva, placas de trânsito, semáforos, carros cometendo erros, pedestres incautos, além de outros imprevistos.

Os participantes da disputa programavam seus veículos virtuais diretamente de seus laboratórios de pesquisa, espalhados por vários países e cidades, e enviavam os códigos para computadores que processavam essas informações. Automaticamente, a plataforma de simulação verificava como cada veículo tinha se comportado e computava os pontos obtidos.

Na competição, não é quem anda mais rápido que se torna campeão, mas quem comete o menor número de infrações e acumula mais pontos.

O carro autônomo campeão é resultado de um trabalho que vem sendo realizado desde 2010 no Laboratório de Robótica Móvel do ICMC. O laboratório é responsável por promover o primeiro teste de carro autônomo real em vias públicas da América Latina, o Projeto CARINA, que teve apoio da FAPESP.

Em entrevista para a assessoria de comunicação do ICMC, o doutorando Júnior da Silva destacou a importância do histórico dos trabalhos desenvolvidos no laboratório: “Já tínhamos desenvolvido algoritmos de percepção para o projeto do CARINA. Então, aproveitamos esses algoritmos no desafio internacional, fazendo os ajustes necessários”.

O aluno do ICMC desenvolve pesquisa com apoio da FAPESP sobre veículos inteligentes, com coordenação do professor Wolf. A pesquisa faz parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos Aplicados em Segurança e Meio Ambiente “financiado pela FAPESP” e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Agora, a proposta é que essas melhorias testadas na plataforma simulada possam ser implementadas no CARINA II, possibilitando que nosso carro possa se movimentar por cenários mais complexos”, relata Silva sobre as perspectivas do grupo de pesquisa.

* Com informações da assessoria de comunicação do ICMC-USP.
 

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