Folhetins foram publicados no jornal carioca Correio Mercantil entre 1854 e 1855, na coluna "Ao correr da pena"

Livro de professor da UFSCar traz textos inéditos de José de Alencar
31 de agosto de 2017

Folhetins foram publicados no jornal carioca Correio Mercantil entre 1854 e 1855, na coluna "Ao correr da pena"

Livro de professor da UFSCar traz textos inéditos de José de Alencar

Folhetins foram publicados no jornal carioca Correio Mercantil entre 1854 e 1855, na coluna "Ao correr da pena"

31 de agosto de 2017

Folhetins foram publicados no jornal carioca Correio Mercantil entre 1854 e 1855, na coluna "Ao correr da pena"

 

Agência FAPESP – A EdUFSCar, editora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), lançou o livro Ao correr da pena (folhetins inéditos), de José de Alencar (1829 – 1877), que contém oito textos inéditos do autor romântico. O livro é organizado por Wilton José Marques, docente do Departamento de Letras da UFSCar.

A publicação traz folhetins inéditos escritos para o jornal carioca Correio Mercantil, na coluna "Ao correr da pena", entre setembro de 1854 e julho de 1855. O ineditismo se deve ao fato de que os textos nunca foram republicados, não foram recolhidos e nem estudados.

Nos folhetins de "Ao correr da pena", publicados aos domingos, José de Alencar amarrava vários assuntos que tinham sido abordados durante a semana, sobre temas relacionados à política, cultura, guerra, dentre outros.

Grade parte dos textos do escritor publicados no folhetim já tinha sido reunido em 1874, em livro homônimo à coluna do jornal, organizado por José Maria Vaz Pinto Coelho, um grande admirador do escritor. Porém, oito textos não foram mencionados por José Maria.

Na atual publicação da EdUFSCar, Marques tenta explicar por que os textos não foram incluídos naquela primeira edição: "No livro, além obviamente de apresentar os folhetins, eu faço uma introdução, que intitulei de 'O enigma dos folhetins', em que procuro apresentar uma leitura dos textos excluídos e, ao mesmo tempo, mostrar, através do levantamento de vários indícios, que muito provavelmente foi o próprio José de Alencar que pediu a exclusão deste material da edição do livro de José Maria, publicado em 1874".

O professor da UFSCar exemplifica com um dos textos de Alencar, no qual o escritor cria a figura da máquina-deputado. Esta é movida pelo interesse em vez do vapor. Seu maquinista chama-se ministro, e quando a máquina se enferruja um pouco, aplica-lhe, em vez de azeite, pão de ló (gíria da época para propina).

“Num momento que ele era deputado e tinha sido ministro, ficaria ruim para sua imagem trazer à tona este texto. Daí o motivo de pedir para que fosse omitido", justifica Marques.

O livro custa R$ 42 e pode ser comprado pelo site da EdUFSCar.

Mais informações: www2.ufscar.br/noticia?codigo=9814.
 

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