Obra propõe modelo de documento que facilite a comunicação entre as unidades de saúde e a equipe multiprofissional responsável pelo atendimento

Livro discute a importância do prontuário do paciente
20 de setembro de 2012

Obra propõe modelo de documento que facilite a comunicação entre as unidades de saúde e a equipe multiprofissional responsável pelo atendimento

Livro discute a importância do prontuário do paciente

Obra propõe modelo de documento que facilite a comunicação entre as unidades de saúde e a equipe multiprofissional responsável pelo atendimento

20 de setembro de 2012

Obra propõe modelo de documento que facilite a comunicação entre as unidades de saúde e a equipe multiprofissional responsável pelo atendimento

 

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – Longe de ser apenas uma burocracia a ser cumprida, o prontuário do paciente pode ser um instrumento valioso para melhorar a qualidade da assistência e da gestão em saúde, além de uma fonte rica para a pesquisa científica.

Mas para que esses objetivos sejam alcançados, médicos e demais membros da equipe multiprofissional que presta o atendimento precisam produzir corretamente o prontuário, fazendo uso das novas tecnologias, respeitando aspectos éticos e contemplando questões físicas, psicológicas e sociais do paciente.

O tema é discutido pelos professores Maria Cristiane Barbosa Galvão, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), e Ivan Luiz Marques Ricarte, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (FEEC-Unicamp), no livro Prontuário do Paciente, lançado em agosto pelo Grupo Editorial Nacional.

“Com base no conceito de integralidade da assistência à saúde, a obra propõe um modelo de prontuário que facilite a troca de informações entre as instituições e entre os profissionais que prestam o atendimento. No contexto do século 21, não podemos mais pensar no médico trabalhando de forma isolada”, disse Galvão.

Segundo os autores, o prontuário deve abarcar conteúdos produzidos por fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e demais profissionais de saúde que participam da assistência. Deve ainda contemplar não apenas o bem-estar físico do paciente, mas também o psicológico e social.

“A obra foi construída durante um estágio que fizemos na Faculdade de Medicina da McGill University, Canadá, com bolsa da FAPESP. Como cada área tem a sua particularidade, contamos com a ajuda de 25 colaboradores de diversas instituições”, afirmou Galvão.

Na primeira parte, é discutido o benefício da informatização e questões de segurança da informação, formas de coleta, organização e acesso aos conteúdos, além de normas de referência para a padronização do prontuário. Em seguida, são abordados aspectos éticos sobre a troca de informações de caráter privado, com base em declarações internacionais e legislações nacionais relacionadas ao direito à informação em saúde.

A terceira parte discute a importância do prontuário para a gestão da saúde. “Se produzido adequadamente, esse documento pode ser uma rica fonte de dados para auxiliar gestores de unidades de saúde, secretários de saúde e os próprios ministros de saúde na elaboração de políticas públicas”, afirmou Galvão.

Já a quarta parte apresenta as diferentes perspectivas para o prontuário médico dentro da equipe multiprofissional e a quinta parte fala sobre a importância desses registros para a pesquisa e inteligência epidemiológica, bem como para a pesquisa clínica.

Por último, são apresentados mais de 250 questões e exercícios com o objetivo de fomentar discussões em cursos de graduação, pós-graduação, extensão e educação continuada, além de motivar o desenvolvimento de projetos de pesquisa relacionados à temática do prontuário do paciente. 

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